quarta-feira, 30 de março de 2016

Rosales

MORACEAE

Hábito: ervas, arbustos, arvores ou lianas (Souza e Lorenzi, 2012).
Folhas alternas ou raramente opostas (Bagassa), simples, com estípulas em geral terminais, margem lisa. Inflorescência geralmente espiciformes, racemiformes ou formando um sicônio (Ficus(Souza e Lorenzi, 2012).
Flores não vistosas, unissexuadas, actinomorfas, monoclamídea. Cálice gamossépalo ou dialissépalo, prefloração valvar ou imbricada. Estames opositissépalos, livres entre si. Anteras rimosas. Ovário súpero ou ínfero, bicarpelar ou unilocular. Placentação pêndula ou raramente parietal, uniovulada.
Fruto: drupa ou aquênio (Souza e Lorenzi, 2012).

Gênero: Morus
Filotaxia alterna, com presença de estípula. Flores unissexuadas. Presença de 2 carpelos.  Presença de látex. Flores monoclamídeas. Ovário súpero.

Filotaxia alterna e presença de estípula de Morus
Infrutescência de Morus, mostrando estiletes persistentes (quadrícula 1mm)


Gênero: Ficus
Filotaxia alterna, com presença de estípula. Flores unissexuadas. Presença de 2 carpelos.  Presença de látex. Flores monoclamídeas. Ovário súpero. Presença de sicônio.

Flor masculina de Ficus (quadrícula 1mm)

Sicônio aberto de Ficus (quadrícula 1mm)

Inflorescência de Ficus (quadrícula 1mm)

URTICACEAE

Hábito: ervas, arbustos, arvores ou lianas (Souza e Lorenzi, 2012).
Folhas alternas.
Inflorescência cimosa, frequentemente espiciforme com flores congestas (flores masculinas: espiga e flores femininas: globosas) (Souza e Lorenzi, 2012).
Flores não vistosas, unissexuadas, actinomorfas, monoclamídeas. Cálice gamossépalo ou dialissépalo. Prefloração valvar ou imbricada. Estames opositissépalos, livres entre si. Anteras rimosas.Ovário súpero e bicarpelar, mais com um dos carpelos extremamente reduzidos, unilocular. Placentação ereta, uniovulado. Fruto aquênio (Souza e Lorenzi, 2012).

Gênero: Cecropia
Filotaxia alterna, com presença de estípula. Flores unissexuadas. Presença de 2 carpelos. Ausência de látex. Flores monoclamídeas. Ovário súpero. Associação com formigas. Caule oco. Tecido carnoso na base do pecíolo.

Filotaxia alterna, presença de estípulas, presença de tecido carnoso de Cecropia


Gênero: Laportea
Filotaxia alterna, com presença de estípula. Flores unissexuadas. Presença de 2 carpelos. Ausência de látex. Flores monoclamídeas. Ovário súpero.


Filotaxia alterna de Laportea

Flor aberta masculina de Laportea (quadrícula 1mm)

Flor masculina fechada mostrando o cálice de Laportea (quadrícula 1mm)



CANNABACEAE

Hábito: ervas, arbustos, arvores ou lianas;
Folhas: alternas ou raramente opostas, simples ou compostas, com estípulas, margem inteira ou serreada (Souza e Lorenzi, 2012).
Inflorescência cimosa.
Flores não vistosas, unissexuadas, actinomorfas, monoclamídeas. Cálice gamossépalo ou dialissépalo, prefloração imbricada. Estames em número igual ao das sépalas, opositissépalos, livres entre si. anteras rimosas. Ovário súpero, bicarpelar, unilocular, com placentação pêndula, uniovulado.
Fruto drupa ou aquênio (Souza e Lorenzi, 2012).

Gênero: Celtis

Filotaxia alterna, com presença de estípula. Flores unissexuadas. Presença de 2 carpelos. Ausência de látex. Flores monoclamídeas. Ovário súpero.

Filotaxia alterna de Celtis


REFERÊNCIA
Souza, V., Lorenzi, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil. 3. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2012.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Lamiales - Asterales - Apiales

Lamiales

LAMIACEAE

Hábito: Ervas ou arbustos, menos frequentemente árvores, comumente aromáticos, com ramos geralmente quadrangulares (Souza e Lorenzi,2012).
Folhas: Opostas ou menos frequentemente verticiladas ou alternas, simples, raramente compostas, sem estípulas, geralmente serreadas 
(Souza e Lorenzi,2012).
Inflorescência: geralmente cimosa, com flores iguais.
Flores: frequentemente vistosas, zigomorfas, bissexuadas, diclamídeas; 
Cálice: pentâmero, gamossépalo, prefloração geralmente imbricada, em geral persistente na frutificação;
Corola: pentâmera, gamopétala, geralmente bilabiada, prefloração imbricada;
Estames: 2 ou 4, geralmente didínamos, epipétalos; 
Antera: Rimosa;
Ovário: Súpero, bicarpelar, bilocular ou tetralocular  pelo desenvolvimento de um falso septo, geralmente profundamente 4-lobado, com 4 óvulos por ovário. Estilete ginobásico;
Fruto: Drupáceo ou esquizocarpo 
(Souza e Lorenzi,2012).

Filotaxia oposta de Lamiaceae 

Inflorescência cimosa de Lamiaceae 


BIGNONIACEAE

Hábito: árvores, arbustos ou lianas, geralmente com gavinhas (Souza e Lorenzi,2012).
Folhas: Opostas, em geral compostas sem estípulas;
Inflorescência: Cimosa com flores iguais.
Flores: vistosas, bissexuadas, zigomorfas, diclamídeas. 
Cálice: Pentâmero, gamossépalo, prefloração imbricada. Corola: Pentâmera, gamopétala, bilabiada, prefloração imbricada;
Estames: 4, didínamos com estaminódio, epipétalos;
Disco nectarífero: Geralmente presente;
Antera: rimosa, divaricada presente. Ovário: súpero, bicarpelar, bilocular.  Placentação: axial ou raramente parietal, com placenta bipartida, geralmente pluriovulado; Estilete terminal.
Fruto: cápsula septicida ou loculicida, raramente baga. Sementes: Geralmente aladas (Souza e Lorenzi,2012).


Fruto do tipo cápsula e sementes aladas do gênero Jacaranda (quadrícula 1 mm)

Filotaxia oposta do gênero Jacaranda (quadrícula 1 cm)

Antera divaricada do gênero Tecoma (quadrícula 1 mm)

Filotaxia oposta do gênero Tecoma 


VERBENACEAE

Hábito: Ervas ou arbustos, menos frequentemente arvores ou lianas, muitas vezes aromáticas, com ramos geralmente quadrangulares.
Folhas: opostas, raramente verticiladas, simples, sem estípulas, margem geralmente serreada (Souza e Lorenzi, 2012). 
Inflorescência: racemosa, com flores iguais. 
Flores: Pouco vistosas, bissexuadas, zigomorfas e diclamídeas. Cálice: geralmente pentâmero, gamossépalo, pré-floração imbricada.  Corola; geralmente pentâmera, gamopétala, bilabiada, pre-floração imbricada com 4 estames, neste caso didinamos,  raramente 2 mais 2 estaminódios. Ovário súpero bicarpelar com 2 óvulos por carpelos, sendo 4 óvulos por carpelos. Placentação ereta. Estilete terminal.  Fruto drupa ou esquizocarpo (Souza e Lorenzi, 2012). 

Filotaxia oposta do gênero Stachytarpheta

Filotaxia oposta do gênero Lantana



Fruto tipo drupa do gênero  Lantana



  Inflorescência tipo racemosa do gênero Lantana

Gineceu Lantana (quadrícula 1 mm)




Asterales  
ASTERACEAE (COMPOSITAE)

Hábito: Ervas, subarbustos, arbustos, menos frequentemente árvores ou lianas, látex às vezes presente, espinhos presentes em algumas espécies (Souza e Lorenzi, 2012).
Folhas: Alternas (Tridax e Cetraterum), sem estípulas, margem inteira ou mais frequentemente serreada;
Inflorescência: do tipo capítulo 
(Tridax e Cetraterum), o qual é envolvido por brácteas que formam um invólucro e flores dispostas sobre um receptáculo geralmente discoide;
Flores: todas iguais entre si ou diferenciadas em flores de raio (as mais externas) o flores do disco (as mais internas), as primeiras, em geral, altamente modificadas, podendo ser estéreis e possuir corola hipertrofiada, flores do disco bissexuadas ou raramente unissexuadas,  geralmente actinomorfas, diclamídeas ou sem cálice (Souza e Lorenzi, 2012).
Cálice: Frequentemente transformado em papilho cerdoso ou plumoso;
Corola: Geralmente pentâmera, gamopétala, prefloração geralmente valvar;
Estames: 5, sinanteros, epipétalos; Androceu sinantero 
(Tridax e Cetraterum)
Antera: Rimosa  (Souza e Lorenzi, 2012).
Ovário: Ínfero, bicarpelar (Tridax e Cetraterum), com único óvulo (Tridax e Cetraterum);
Placentação: Ereta. Fruto:  Cipsela (Tridax e Cetraterum), com papilho geralmente persistente, auxiliando na dispersão (por ventos ou animais) do fruto  (Souza e Lorenzi, 2012).

Inflorescência tipo capítulo (quadrícula 1 cm)

Filotaxia alterna do gênero Tridax (quadrícula 1 mm)

Cipsela do gênero Tridax (quadrícula 1 mm)

Ovário ínfero do gênero Tridax (quadrícula 1 mm)


APIALES
APIACEAE (UMBELLIFERAE)

Hábito: Ervas, muito raramente arbustos ou árvores geralmente aromáticos (Souza e Lorenzi, 2012).
Folhas: Alternas, às vezes com pecíolo invaginante semelhante a uma bainha, simples ou compostas, ocasionalmente sectas;
Inflorescência: racemosa do tipo umbela, mais frequentemente composta, às vezes reduzida a um glomérulo;
(Souza e Lorenzi, 2012).
Flores: não vistosas, bissexuadas ou raramente unissexuadas, actinomorfas, diclamídeas ou raramente monoclamídeas; 
Cálice: Geralmente pouco desenvolvido e pentâmero, dialissépalo; Corola: em geral pentâmera, dialipétala de forma secundária, já que nos estágios embrionários é gamopétala, prefloração valvar;
Estames: 5 Ovário: Ínfero (com desenvolvimento frequente de um estilipódio, que dá aparência de ser súpero), bicarpelar, bilocular com 2 óvulos por ovário.  Placentação: Pêndula. Fruto: esquizocárpico, com mericarpos semelhantes a aquênios (Souza e Lorenzi, 2012).


Inflorescência racemosa do tipo umbela (quadrícula 1 mm)




REFERÊNCIA

Souza, V., Lorenzi, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil. 3. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2012.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Gentianales - Solanales - Boraginales


Gentianales

Apocynaceae


Hábito:  arbustos escandente, árvores ou frequentemente lianas (Souza e Lorenzi, 2012). 
Presença de látex. Folhas geralmente opostas, as vezes verticiladas, sem estípulas (raramente apresentam em algumas espécies de Odontadenia) , margem inteira. Inflorescência racemosa ou cimosa, às vezes reduzida a uma única flor. Flores geralmente vistosas, bissexuadas, raramente funcionalmente dioica ou ginodioicas, actinomorfas ou  raramente ligeiramente zigomorfas, diclamídeas. Cálice: pentâmero, dialissépalo ou gamossépalo, prefloração imbricada ou valvar. Corola pentâmera, gamopétala, prefloração geralmente imbricada, estames em número igual ao das pétalas, epitétalos. Antera rimosa. Pólen às vezes agrupados em políneas. Androceu isodínamo. Ovário Súpero. Presença de glândulas nectaríferas, geralmente ao redor do ovário. Gineceu bicarpelar, dialicarpelar, mas com estiletes unidos, ou menos frequentemente gamocarpelar. Placentação axial ou parietal. Estigma em forma de "carretel". Fruto esquizocárpicoSementes frequentemente comosas às vezes aladas ou envolvidas por arilo carnoso(Souza e Lorenzi, 2012).
Presença de látex
Estigma em forma de "carretel"

Hábito: Arbusto escandente
Folhas verticiladas


Rubiaceae

Hábito: Ervas, subarbustos, arbustos ou árvores, menos frequentemente lianas. Folha Opostas, menos frequentemente verticiladas, simples, quase sempre com estípulas interpeciolares. Inflorescência geralmente cimosa, às vezes formando glomérulo ou reduzida a uma única flor. Flores vistosas bissexuadas ou menos frequentemente unissexuadas, actinomorfas, geralmente diclamídeas. Cálice 4-5-mero, geralmente dialissépalo, às vezes com uma das sépalas muito desenvolvida, prefloração valvar ou aberta. Corola (3-)4-5(-8)-mera, gamopétala, prefloração valvar ou imbricada.Androceu isodínamo. Estames em número igual ao das pétalas, epipétalo. Antera Rimosa. Disco nectarífero presente ou não. Ovário ínfero, 2-(5)-carpelar, (1-)2(-5)-locular. Placentação axial, ereta ou pêndula, raramente parietal, geralmente uni a pauciovulado. Estigma laminar. Fruto baga (Souza e Lorenzi, 2012).


Folhas opostas

Ramo florífero

Estípula interpeciolar
Estigma laminar

Solanales

Solanaceae 

Hábito: Ervas, arbustos, ou pequenas árvores, raramente lianas ou hemiepífitas, frequentemente armadas. Ausência de látex. Folhas: alternas, simples, algumas vezes pinatissectas, sem estípulas, com margem inteira. Inflorescência cimosa, algumas vezes reduzidas a uma única flor. Flores geralmente vistosas, bissexuadas, actinomorfas, menos frequentemente ligeiramente zigomorfas, diclamídeas. Cálice pentâmero, gamossépalo, prefloração valvar ou imbricada. Corola geralmente pentâmera, gamopétala, geralmente plicada, prefloração valvar, convoluta ou imbricada, 5 estames, menos frequentemente 4 e didínamos ou apenas 2, epipétalos. Androceu isodínamo. Antera rimosa ou poricida. Disco nectarífero geralmente presente. Ovário súpero. Placentação axial, geralmente pluriovulado. Estigma punctiforme bilobado. Fruto baga (Souza e Lorenzi, 2012).


Folhas alternas

Região interpetálica (O indicado)
Convolvulaceae

Hábito: Trepadeiras volúvel, ervas ou subarbustos ou mais frequentemente lianas sem gavinhas, raramente holoparasitas afilas ou árvores ou arbustos ,às vezes latescentes. Folhas alternas, simples, sem estípulas, margem inteira. Inflorescência cimosa, às vezes reduzida a uma única flor. Flores geralmente vistosas, bissexuadas, actinomorfas, diclamídeas. Cálice (3-)5-mero, dialissépalo ou raramente gamossépalo,prefloração imbricada;Corola: (3-)5-mera, gamopétala, plicada, prefloração geralmente convoluta. Androceu anisodínamo (Souza e Lorenzi, 2012).
Estames isostêmones, frequentemente de tamanhos desiguais, epipétalos. Antera rimosa. Disco nectarífero geralmente presente. Ovário súpero, bicarpelar, bilocular, raramente tetralocular ou unilocular, estilete terminal, raramente ginobásico. Gineceu bicarpelar, dialicarpelar, mas com estiletes unidos, ou menos frequentemente gamocarpelar. Placentação axial ou ereta, geralmente 1 ou 2 ovos por lóculo. Estigma bilobado. Fruto cápsula (Souza e Lorenzi, 2012).


 Trepadeira volúvel (Sem gavinhas)

Hábito: Trepadeira Volúvel
Estigma bigloboso

Filotaxia alterna

Androceu com estames anisodínamo

Boraginales

Cordiaceae

Hábito: Arbóreo. Folha alternas. Ausência de látex. Ovário súpero. Ausência de estípula interpeciolar. Androceu isodínamo. Presença de região interpetálica. Estigma duas vezes dividido. Fruto drupa (Souza e Lorenzi, 2012). 


Região interpetálica 

Folhas alternas

Hábito: Arbóreo


Heliotropiaceae

Hábito:Subarbustivo apresentando arbustos escandente. Folhas alternas. Ausência de látex. Ovário súpero. Ausência de estípula interpeciolar.  Androceu isodínamo. Região interpetálica ausente. Estigma globoso. Fruto do tipo drupaceae (Souza e Lorenzi, 2012). 


Folhas alternas

Estigma globoso

Frutos maduros

Inflorescência




REFERÊNCIA


Souza, V., Lorenzi, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil. 3. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2012.