quarta-feira, 3 de maio de 2017

Lilianae (monocotiledôneas): Asparagales, Zingiberales

Asparagales

Amaryllidaceae

  As Amaryllidaceae possuem uma distribuição quase que cosmopolita, com hábito terrestre. No Brasil ocorrem 14 gêneros. Algumas espécies são cultivadas como ornamentais, principalmente em canteiros por serem muito vistosas. Possuem uma filotaxia alterna dística ou espiralada, o ovário é ínfero, nervação paralelinérvea e perianto homoclamídeo, pétalas e sépalas fundidas formando um tubo com inflorescência umbeliforme. 

ovário ínfero

perianto homoclamídeo
Zingiberales

1. Costaceae

Ervas rizomatosas, com  crescimento simpodial, perenes; folhas alternas espiraladas (devido a torção do caule), uninérveas ou peniparelelinérveas, bainha aberta. Inflorescência cimosa; flores vistosas, bissexuadas, zigomorfas, diclamídeas e heteroclamídeas, cálice trímero, gamossépalo, corola trímera, gamopétala, com uma pétala maior que as demais, com antera com ambas tecas férteis, envolvendo o estilete, estaminódios petaloides, ovário ínfero, fruto cápsula, sementes com arilo. 

Costaceae possuiu distribuição pantropical, incluindo 7 gêneros e cerca de 100 espécies (a maioria Costus). No Brasil ocorrem três gênero e cerca de 20 espécies. 

Inflorescência da Costus
Costaceae com suas folhas alternas espiraladas 




2. Zingiberaceae

É uma planta com folhas alternas disticas, com nervação não-paralelinervea, o perianto é diclamídia, heteroclamídia. As pétala, sépalas e androceu são livres entre si. Possui estaminoides, o estilete passa pelas anteras, o seu ovário é ínfero.
Do ponto de vista econômico destaca-se o gengibre (Zingiber officinale), com rizomas aromáticos utilizados na culinária.

Zingiberaceae

Folhas alternas disticas
3. CANNACEAE
Cannaceae são bastante cultivadas e existem quatro espécies no Brasil. São ervas rizomatosas, com folhas largas e alternas espiraladas. As flores possuem um estame petaloide mais vistoso que as pétalas; a antera tem uma teca fértil e uma estéril. A placentação é axial e pluriovulado. As sementes são negras e utilizadas em artesanato. 

Estame petaloide fertil

Inflorescência 


Ovário ínfero

Placentação axial

Fruto seco e semente negra

Flor




4. MUSACEAE
São reconhecidos dois gêneros muito relacionados, Musa e Ensete, por vezes considerados apenas um, e 40 espécies restritas ao Velho mundo, a maioria na Ásia.
Ervas robustas, rizomatosas, latecentes; crescimento simpodial, ramos terminando com em um broto aéreo de onde partem as folhas. Folhas amplas, simples, pecioladas, não paralelinérveas, alternas espiraladas, bainha formando um pseudocaule ao redor do escapo. Inflorescência tirso terminal, as parciais em cincínios modificados na axila em brácteas espatáceas, dispostas espiraladamente em um eixo principal indeterminado. Flores geralmente unissexuadas, as masculinas na porção distal, as femininas na porção proximal, eventualmente flores bissexuadas na base, trímeras, zigomorfas, com uma tépala interna livre, as outras duas fundidas, formando dois lóbulos unidos ao verticilo formado pela fusão das três tépalas externas. Estames 5(6), livres, um estaminódio no verticilo interno raramente fértil; anteras bitecas. Ovário ínfero, trilocular; placentação axilar, numerosos óvulos anátropos; um estilete, estigma capitado. Fruto do tipo baga, a maioria indeiscente; sementes operculadas na micrópila sem arilo, envoltas por uma polpa amilácea, doce, derivada de tricomas da placenta.

Musaceae


Inflorescência de Musaceae



5- HELICONIACEAE
A família possui um único gênero (Heliconia) e 200 espécies, estando restrita a America tropical e ilhas do pacifico ocidental, onde ocorre um dos únicos subgêneros.
Ervas rizomatosas, com caule curto e bainhas foliares formando um pseudocaule, ou alongado e então com internós envolvidos pelas bainhas. Folhas dísticas, pecioladas, não paralelinérvea. Inflorescência tirso terminal, geralmente no ramo folioso ou mais raramente em um ramo especializado contendo apenas bainhas foliares. Flores vistosas, diclamídeas, bissexuadas, trímeras, zigomorfas, bracteoladas, arranjadas em cincínios na axila de brácteas dispostas disticamente (ou helicoidamelte com a rotação do eixo principal); perianto com as peças fundidas entre si com a base dos filetes formando um tubo curto, a tépala mediana externa tornando-se livre para o ápice. Estames 5, um estaminódio derivado da atrofia do estame mediano do vertisilo externo, anteras bitecas. Ovário ínfero, trilocular; lóculos uniovulados. Fruta do tipo drupa, com três pirenios operculados; sementes sem arilo.   

Inflorescência de Heliconiaceae  

Heliconiaceae


6. Strelitziaceae
Inclui três gêneros e sete espécies, são nativas de Madagascar, Amazônia e África do sul. São ervas rizomatosas ou plantas absorventes, com crescimento simpodial. Apresentam folhas peniparalelinérvias, com flores vistosas, bissexuadas, zigomorfas, diclamídeas e heteroclamídeas. Possuem cálice trímero, gamossépalo, corola trímera, gamopétala ou apenas duas pétalas unidas entre si e ao androceu e a terceira livre. Estamos 5 ou 6, unidos ao redor do estilete, anteras rimosas, gineceu gamocarpelar, ovário ínfero e trilocular.


Ravenala ( Folhas alternas dísticas)

Ravenala (Escala de tamanho)


Strelitzia

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