quarta-feira, 5 de abril de 2017

Gimnospermas

1. Cycadales
a) Cycadaceae: Possui apenas um gênero: Cycas, distribuídas no Sudeste Asiático, Oceania e Madagascar. No Brasil ocorrem as famílias Cycas circinalis (folíolo não revolto e megasporófilo com ápice inteiro) e Cycas revoluta (folíolos revolto e megasporófilo no ápice profundamente cristalisado).
São plantas perenes, dioicas, caule aéreo ou subterrâneo. As folhas compostas, pinadas (raramente bipinadas), alterna espiralada concentradas no ápice do ramo, folíolo circinado quando jovem, nervura central, sem nervura lateral, margem inteira. Possui microstróbilo com numerosos microsporófilo, e estes com numerosos microsporângios. Não possui megastróbilo. O megasporófilo no ápice dos ramos, sementes grandes e arredondadas, carnosas, vistosas ou não (Souza & Lorenzi, 2008)
Imagem 1- Cycadaceae

Imagem 3 - Planta feminina

Imagem 2 - Planta masculina























Imagem 5 - Microsporangiófilo
Imagem 4 - Megasporangiófilo






















2- Ginkgoales
Ginkgoaceae: possui apenas uma espécie sobrevivente (Ginkgo biloba), extinta na natureza, encontrada somente de forma cultivada. Essa planta é nativa da China, e apresenta poucas alterações ao longo dos muitos anos de evolução. Pode ser facilmente reconhecida pelas suas folhas em forma de leque (flabeliforme), com padrões de venação abertos e dicotômicas. Folhas simples, pecioladas, alternas espiraladas, e geralmente bilobadas. Diferente das outras gimnospermas a ginkgo é decídua; suas folhas caem durante o outono. A fecundação no interior do óvulo pode não ocorrer até serem destacados da planta-mãe. Dióicas, os óvulos ocorrem aos pares ao longo de ramos curtos (braquiblastos). Presença de tubo polínico e anterozóides flagelados. Microstróbilos axilares, com numerosos microsporângios. Sementes grande e arredondadas, geralmente uma por pedúnculo; possuem um envoltório carnoso (Souza & Lorenzi, 2008)

Imagem 1. 
Venação dicotômica na Ginkgo biloba


Imagem 2.
Folha flabeliforme da Ginkgo biloba


Imagem 3.
Braquiblasto (ramo curto) na Ginkgo biloba



3.Pinales (coníferas)
a) Cupressaceae: Árvores ou arbustos, monoicos ou raramente dioicos (Juniperus): folhas simples, geralmente escamiformes, menos frequentemente lineares, lanceoladas ou aciculares, alternas, opostas ou verticiladas, uninérveas e frequentemente pungentes. Microstróbilos com numerosos microsporófilos, os quais apresentam 2-10 microesporângios; grãos de pólen sem vesículas de ar. Megastróblios com numerosos megasporófilos 1-20 ovulados. Sementes 2 (-3) aladas ou raramente não aladas.




Foto 1 (Cupressus). Megastróbilo.

Foto 2 (Cupressus). Microestróbilo contendo microesporângios liberando grãos de pólen (micrósporos).

Foto 3 (Cupressus). Ramos com microestróbilos no seus ápices.

Foto 4 (Cupressus). Microestróbilo.


b) Pinaceae (Pinus)

Os Pinus são árvores arbustivas que possuem folhas simples alternadas e alongadas semelhantes à agulhas com arranjo espiralado. São organizadas em feixes com número específico de folhas aciculadas em número de um a oito, dependendo da espécie. A planta analisada tem três feixes de folhas. 
É monoica  e a dispersão do grão de pólen ocorre pelo vento. O megastróbilo é formado por vários sistemas de escamas dispostos espiraladamente em seu eixo. Cada sistema de escamas é formado pela fusão da escama ovulífera e bráctea. Na base do sistema de escamas, estão presentes duas sementes aladas dispostas nas laterais. 


Megastróbilo

Semente alada

Folhas aciculadas

feixe de folhas


c) Araucariaceae
Gênero: Araucaria
Espécie: Araucaria angustifólia
Nome popular: Pinheiro-do-paraná
Folha: Simples, alternas espiraladas e imbricadas
Dióica
Megastróbilos: Significativamente maior que os microstróbilos, contudo em menor quantidade. Agregam um número considerável de megasporófilos e tem os óvulos retidos dentro de ma estrutura chamada lígula.
Microstróbilos: Agregam de 6-20 microsporângios.

Semente: Não pode ser visualizada. 

Araucaria  angustifolia 


4.Gnetales
a)Ephedraceae : Gimnosperma,da ordem Gnetales,a família Ephedraceae,ocorrem no Sul do Brasil em ambientes de restinga.Suas folhas são diminutas e escamiformes (foto 1) ; seus microsporângios, de aproximadamente 1 mm,possuem estruturas que se assemelham a estames (foto 2). Sua morfologia geral é semelhante a uma Pteridófita chamada de Equisetum (foto 3).


(foto 1- Folhas diminutas de Ephedra)

(foto 2: microsporângios)

(foto 3- Hábito de Ephedra)


Referência

Souza, V. & Lorenzi, H. Botânica Sistemática. Nova Odessa (SP): Instituto Plantarum, 2008.


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